sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Entenda mais sobre as Fórmulas Infantis


O tema da alimentação infantil, principalmente no que diz respeito ao aleitamento materno e ao uso de fórmulas durante os 2 primeiros anos de vida, é bastante polêmico e deixa os pais cheios de dúvidas. Vale destacar a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, visto que o leite materno contem todos os nutrientes que a criança precisa para um adequado crescimento e desenvolvimento durante esta fase da vida. Além disso, é também um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psicológica, na recuperação do pós parto e na perda de peso da mãe. Esse assunto do aleitamento materno pode parecer um pouco batido, mas ainda existe a crença de que o leite materno pode ser “fraco”, além do fato de que muitos pediatras introduzem as fórmulas infantis sem uma real necessidade, o que acaba desestimulando o aleitamento.
Vale ressaltar ainda, que existem casos em que, por diversos fatores, a amamentação não é possível ou recomendada como, por exemplo, nos casos de mãe soropositiva para o vírus HIV, HTLV-1 e HTLV-2. Nestas situações a melhor opção para crianças totalmente desmamadas com idade inferior a 4 meses é a alimentação láctea, por meio da oferta de leite humano pasteurizado proveniente de Banco de Leite Humano, quando disponível. Já o uso de leite de vaca e/ou fórmula infantil deve ser avaliado individualmente pelo profissional de saúde, de acordo com as necessidades da criança. O que mais diferencia o leite de vaca do leite materno (LM) é o tipo e a quantidade de proteínas: o leite de vaca possui três vezes mais proteína que o LM, sobrecarregando os rins quando consumido em alta quantidade, aumentando a excreção de cálcio pela urina e causando mais cólica. O leite de vaca possui ainda uma proteína potencialmente alergênica, a betalactoglobulina.
Veja abaixo um quadro sobre a diferença entre Leite Humano, Fórmula Infantil e Leite de Vaca:



Desta forma, são melhores opções que o leite de vaca, porém, pelo fato de ainda serem feitas a partir deste ingrediente, o risco de alergia ainda existe. É conveniente evitar o leite de vaca no primeiro ano de vida, devido a um maior risco de desenvolvimento de alergia alimentar. A alergia alimentar ou alergia à proteína heteróloga pode ser desenvolvida a qualquer proteína introduzida na dieta habitual da criança. A mais freqüente é em relação à proteína do leite de vaca, pelo seu alto poder alergênico e pela precocidade de uso por crianças não amamentadas ou em aleitamento misto (leite materno e outro leite).
Diante da impossibilidade do aleitamento materno após os 6 meses, deve-se utilizar uma fórmula infantil ou mesmo outros substitutos do leite materno, como “leites” de cereais (por exemplo, de arroz, quinoa, etc). A decisão sobre qual substituto adotar vai depender da avaliação de diversos aspectos como, aceitação do bebê, condição econômica, processos alérgicos (pessoal e familiar), disponibilidade do produto, entre outros. Um acompanhamento nutricional é de enorme importância quando se trata da saúde do bebê, pois cada um possui sua particularidade e precisa de atenção.

Nutribeijos!

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